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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O PRINCÍPIO DA COMUNHÃO - por Sérgio Calixto (texto adaptado)


Mateus 22:35-40  “E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou:  Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?   Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.  Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.

A Lei e os Profetas eram o referencial como “Palavra de Deus” para os Judeus. Basicamente é como se Jesus tivesse dito: “Tudo o que entendemos e vivemos de ‘Palavra de Deus e com Deus depende desses dois mandamentos”. Vê-se também, que esta mesma referência é usada no monte da transfiguração, quando a visão de Moisés e Elias aponta para a confirmação de Jesus como Filho de Deus, como Messias, representando exatamente a Lei e os Profetas. Novamente é usada por Filipe ao falar com Natanael para contar sobre a chegada do Messias (João 1:45 – “Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José”).

Quando alguém falava desta maneira, utilizando este argumento (sobre a Lei e os Profetas), buscava-se uma profundidade de confirmação, autenticação, certeza, de que aquelas palavras eram ditas com autoridade, ou seja, aquelas palavras simbolizavam que “não estou falando de uma maneira qualquer”.
Entendida a profundidade do significado destas palavras, prossigamos em conhecer em especial o segundo mandamento.


a) “O VALOR DA COMUNHÃO”.

“OH! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre”. (Salmos 133:1-3)

No Antigo Testamento os Sacerdotes, aqueles que conduziam o povo a Deus, eram consagrados (ungidos) com óleo. Esta unção tinha um significado muito importante: Simbolizava uma capacitação especial dada pelo próprio Deus.

“Hermom” era um monte, uma montanha, onde os Judeus criam ser ali um lugar onde Deus habitava; o orvalho que dali descia simbolizava as bênçãos vindas diretamente do próprio Deus.

A união dos irmãos, ou seja, a comunhão, parafraseando o texto “é como unção preciosa sobre todo meu corpo; é uma benção vinda diretamente do próprio Deus”. No entanto, podemos constatar nos nossos dias, que a importância da comunhão anda, há muito, enfraquecida.


b)   “FALTA DE COMUNHÃO NO CORPO DE CRISTO (NA IGREJA)”.

“Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens? Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”. (I Co. 3:1-7)

Façamos um paralelo com o nosso meio, nos nossos dias. O que poderia ser comparado aos que não agem através do Espírito de Deus? Que tipo de atitude ou comportamento poderíamos listar?

1.       Partidarismo doutrinário;
2.    “Panelas” (grupos formados dentro do Corpo com um “escudo impenetrável” ao seu redor, sendo impossível a outro membro do corpo dele fazer parte, bem como dotados de uma anti-cooperação irremediável);
3.       Antipatia com os novos na fé;
4.       Indiferença, entre outros (...).


c)    “COMUNHÃO NO LAR”

Ao olharmos nossas Igrejas, grupos de estudo bíblico, vemos que é muito complicado manter a Comunhão. Muitos pensamentos diferentes, muitas formas de falar, de expressão diferentes geram, por via de conseqüência, muitos embates entre as pessoas.

No entanto, quando Paulo fala “Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; por que ainda não podíeis suportá-lo”, ele nos dá a entender que o Conhecer a Deus é um processo de aprendizado e crescimento contínuo. Assim como crescemos em estatura, crescemos também em conhecer a Deus, e mais, a comunhão entra neste processo de crescimento como parte do aprendizado sobre o Pai.

Comunhão não é simplesmente falar com todo mundo, ter muitos amigos, conhecer muita gente, ser comunicativo e sorridente. Antes disso, é amar o seu irmão sendo “benção” em sua vida, como sendo enviado de Deus para cada pessoa com que nos relacionamos.

Como todo processo, a comunhão deve ter um início, uma origem, e que lugar melhor para dar início a uma vida de comunhão do que o nosso lar?! Exercite a sua Comunhão através de(a):
1.       Obediência aos pais (único mandamento com promessa!);
2.       Convivência harmoniosa com nossos irmãos;
3.       Paciência com os nossos parentes mais velhos;
4.       Testemunho para com os de fora (Já se perguntou o que nossos pais falam de nós hoje? Melhoramos ou pioramos?).


d)     “COMUNHÃO FORA DO CORPO (IGREJA)”.


“Senhores, tratai os servos com justiça e com eqüidade, certos de que também vós tendes Senhor no céu. Perseverai na oração, vigiando com ações de graças. Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste, como devo fazer. Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades”. (Colossenses 4:1-5) 

Não é pelo fato de estarmos em um ambiente fora do corpo que deixaremos de ser “corpo”. Uma mão é uma mão ainda que não presa ao corpo. Assim também nós, fora da Igreja, devemos ter consciência de que ainda fazemos parte dela, como um verdadeiro corpo. Devemos ser sábios para aproveitar toda oportunidade de pregar o evangelho de Cristo e não negar a Sua Verdade que nos foi revelada. 

“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte (NÃO ANDA COMO SALVO). Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos”. (I João 3:14-16) 

Palavras fortes de João, mas que contém uma verdade tremenda: O amor que temos para com nossos irmãos testifica que vivemos uma nova vida, do contrário permanecemos “mortos”. O apóstolo ainda compara o ódio aos irmãos com o homicídio. À medida que odiamos o nosso irmão, também o matamos. Antes, devemos compreender que a nossa vida deve ser usada para que Deus seja conhecido, ainda que para isso tenhamos que dá-la, assim como Cristo o fez.

por Sérgio Calixto
(Texto adaptado).

Obrigado meu irmão! 
Deus derrame bençãos sobre sua vida e que você o conheça e cresça em estatura e graça diante dEle!

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