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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

SAL, FARINHA E PANQUECAS.



“E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.” (João 4:6-7) 




Em cima do armário da cozinha há um pote de vidro. Como geralmente esse tipo de utensílio é dirigido às mulheres (nossas amadas mulheres!), também se pode ver desenhos de bolinhos e biscoitos nele e os dizeres em caligrafia cursiva"Farinha" Ao fazer um bolo, uma bandeja de biscoitos ou uma simples panqueca para o café da manhã é para lá que a dona de casa se dirige: ao pote de farinha. Precisa daquele ingrediente para que, juntamente com tantos outros, possa fazer deliciosos manjares. 

Certo dia, como sempre faz, ela vai ao armário pega a farinha, mistura aos demais ingredientes e, feita a massa, despeja pequenas quantidades em uma frigideira e assa panquecas, uma por uma. Ao sentar-se a mesa, “tendo dado graças”, põe uma panqueca em seu prato, despejando sobre ela uma cobertura de caramelo. Só pela cena já sentimos água na boca! Mas que tamanha surpresa ao perceber que algo está estranho. Aquilo que deveria ser doce está insuportavelmente salgado! Não há quem coma, não há que suporte! A panqueca está muito salgada! Quão tamanha surpresa ao descobrir que, ao invés de farinha, havia colocado sal! 

Ao analisar de onde havia partido o erro, logo percebe que o pote onde deveria haver sobre “farinha”, estava repleto de sal, até a borda! Como alguém seria tão mal a ponto de trocar os ingredientes, sabendo que logo que usados seriam percebidos e que causariam tão grande mal estar!? Um momento de prazer tornou-se em tragédia! 

Em diversas passagens a Bíblia nos compara a “vasos”, ou no enredo da nossa história, “potes”, e estes devem ser preenchidos corretamente para que não se dêem por sabotados. Assim como um pote de farinha deve ser preenchido com “farinha” e somente por ela, nós também devemos ser preenchidos corretamente com aquilo que nos complete e sirva à finalidade para a qual fomos feitos. Deus nos criou para um propósito, uma finalidade. Ele nos fez para que dentro de nós houvesse algo que nos preenchesse e somente esse “algo” nos abastecesse por completo, servindo para que corrêssemos a carreira (I Tm. 4:7), para alcançarmos o fim que ele nos propôs. Para que compreendamos melhor a ilustração, vejamos um exemplo bem prático. 

No Evangelho de João em seu capítulo 4 vemos a descrição de uma mulher que estava junto a uma fonte, quando Jesus lhe pede “Dá-me de beber!”. No decorrer do texto Jesus se revela como “água viva”, e que somente ele poderia preencher a sua vida. Como ela, muitos de nós estamos com nossos vasos vazios ou, o que é pior, cheios de coisas que não deveriam estar ali nos enchendo. 

Quando Jesus diz: “Dá-me de beber!”, Ele quer saber o que preenche a sua vida, isto é, se aquilo que está dentro de você é apto para saciar a sua sede e a de quem está ao seu redor! “Dá-me de beber!” é mais que um pedido, é um questionamento sobre o que realmente tem completado a sua vida, o que tem transbordado em você e lhe ajudado a compreender a sua finalidade nessa Terra. 

É frustrante vermos tantas pessoas “cheias de vazio”, sabotadas por aquele que se dispõe todos os dias a tentar nos corromper e nos distanciar do nosso verdadeiro rumo, colocando em nós conteúdo totalmente estranho, que de início pode até apresentar-se adequado, mas logo descobre-se ser de sabor intragável. Onde deveria haver “amor a Deus” ele coloca “orgulho”, “desobediência” ao invés de “santidade”, “desconsolo” no lugar de “fé”, “tristeza” onde deveria existir “verdadeira alegria”. 

Ora, se somos de uma vez por todas preenchidos pelo Espírito Santo, conscientes do nosso pecado e da nossa necessidade de santificação, não devemos dar lugar a mais nada em nossa vida que não venha de Deus! Ele é a nossa “farinha”, o nosso ingrediente essencial, para quem seremos verdadeiramente úteis, e assim cumpramos a finalidade de vivermos “(...)para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado (Ef. 1:6). 

Imagine-se num café-da-manhã com seus melhores amigos: Que tipo de “panquecas” você poderá servir? Que sabor elas terão? Que ingredientes você usou? Estarão doces e crocantes ou salgadas e intragáveis? Seus amigos retornarão outra vez ou esta foi a última vez que estiveram ali com você? Não se deixe preencher por coisas que não servirão pra você, que não lhe trarão a Verdadeira Paz. Tudo isso pode até te dar alguma sensação de “estar completo”, mas logo se mostrará insuficiente para preencher o vazio que só Deus pode preencher! Deus tem o ingrediente certo para que preencher o seu pote, a “farinha” ideal! Deixe que ele preencha toda sua vida!







terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O PRINCÍPIO DA COMUNHÃO - por Sérgio Calixto (texto adaptado)


Mateus 22:35-40  “E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou:  Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?   Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.  Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.

A Lei e os Profetas eram o referencial como “Palavra de Deus” para os Judeus. Basicamente é como se Jesus tivesse dito: “Tudo o que entendemos e vivemos de ‘Palavra de Deus e com Deus depende desses dois mandamentos”. Vê-se também, que esta mesma referência é usada no monte da transfiguração, quando a visão de Moisés e Elias aponta para a confirmação de Jesus como Filho de Deus, como Messias, representando exatamente a Lei e os Profetas. Novamente é usada por Filipe ao falar com Natanael para contar sobre a chegada do Messias (João 1:45 – “Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José”).

Quando alguém falava desta maneira, utilizando este argumento (sobre a Lei e os Profetas), buscava-se uma profundidade de confirmação, autenticação, certeza, de que aquelas palavras eram ditas com autoridade, ou seja, aquelas palavras simbolizavam que “não estou falando de uma maneira qualquer”.
Entendida a profundidade do significado destas palavras, prossigamos em conhecer em especial o segundo mandamento.


a) “O VALOR DA COMUNHÃO”.

“OH! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre”. (Salmos 133:1-3)

No Antigo Testamento os Sacerdotes, aqueles que conduziam o povo a Deus, eram consagrados (ungidos) com óleo. Esta unção tinha um significado muito importante: Simbolizava uma capacitação especial dada pelo próprio Deus.

“Hermom” era um monte, uma montanha, onde os Judeus criam ser ali um lugar onde Deus habitava; o orvalho que dali descia simbolizava as bênçãos vindas diretamente do próprio Deus.

A união dos irmãos, ou seja, a comunhão, parafraseando o texto “é como unção preciosa sobre todo meu corpo; é uma benção vinda diretamente do próprio Deus”. No entanto, podemos constatar nos nossos dias, que a importância da comunhão anda, há muito, enfraquecida.


b)   “FALTA DE COMUNHÃO NO CORPO DE CRISTO (NA IGREJA)”.

“Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens? Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”. (I Co. 3:1-7)

Façamos um paralelo com o nosso meio, nos nossos dias. O que poderia ser comparado aos que não agem através do Espírito de Deus? Que tipo de atitude ou comportamento poderíamos listar?

1.       Partidarismo doutrinário;
2.    “Panelas” (grupos formados dentro do Corpo com um “escudo impenetrável” ao seu redor, sendo impossível a outro membro do corpo dele fazer parte, bem como dotados de uma anti-cooperação irremediável);
3.       Antipatia com os novos na fé;
4.       Indiferença, entre outros (...).


c)    “COMUNHÃO NO LAR”

Ao olharmos nossas Igrejas, grupos de estudo bíblico, vemos que é muito complicado manter a Comunhão. Muitos pensamentos diferentes, muitas formas de falar, de expressão diferentes geram, por via de conseqüência, muitos embates entre as pessoas.

No entanto, quando Paulo fala “Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; por que ainda não podíeis suportá-lo”, ele nos dá a entender que o Conhecer a Deus é um processo de aprendizado e crescimento contínuo. Assim como crescemos em estatura, crescemos também em conhecer a Deus, e mais, a comunhão entra neste processo de crescimento como parte do aprendizado sobre o Pai.

Comunhão não é simplesmente falar com todo mundo, ter muitos amigos, conhecer muita gente, ser comunicativo e sorridente. Antes disso, é amar o seu irmão sendo “benção” em sua vida, como sendo enviado de Deus para cada pessoa com que nos relacionamos.

Como todo processo, a comunhão deve ter um início, uma origem, e que lugar melhor para dar início a uma vida de comunhão do que o nosso lar?! Exercite a sua Comunhão através de(a):
1.       Obediência aos pais (único mandamento com promessa!);
2.       Convivência harmoniosa com nossos irmãos;
3.       Paciência com os nossos parentes mais velhos;
4.       Testemunho para com os de fora (Já se perguntou o que nossos pais falam de nós hoje? Melhoramos ou pioramos?).


d)     “COMUNHÃO FORA DO CORPO (IGREJA)”.


“Senhores, tratai os servos com justiça e com eqüidade, certos de que também vós tendes Senhor no céu. Perseverai na oração, vigiando com ações de graças. Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste, como devo fazer. Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades”. (Colossenses 4:1-5) 

Não é pelo fato de estarmos em um ambiente fora do corpo que deixaremos de ser “corpo”. Uma mão é uma mão ainda que não presa ao corpo. Assim também nós, fora da Igreja, devemos ter consciência de que ainda fazemos parte dela, como um verdadeiro corpo. Devemos ser sábios para aproveitar toda oportunidade de pregar o evangelho de Cristo e não negar a Sua Verdade que nos foi revelada. 

“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte (NÃO ANDA COMO SALVO). Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos”. (I João 3:14-16) 

Palavras fortes de João, mas que contém uma verdade tremenda: O amor que temos para com nossos irmãos testifica que vivemos uma nova vida, do contrário permanecemos “mortos”. O apóstolo ainda compara o ódio aos irmãos com o homicídio. À medida que odiamos o nosso irmão, também o matamos. Antes, devemos compreender que a nossa vida deve ser usada para que Deus seja conhecido, ainda que para isso tenhamos que dá-la, assim como Cristo o fez.

por Sérgio Calixto
(Texto adaptado).

Obrigado meu irmão! 
Deus derrame bençãos sobre sua vida e que você o conheça e cresça em estatura e graça diante dEle!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A PERGUNTA QUE MUDOU MEU JEITO DE PENSAR



Alguns anos atrás lecionei numa escola de ministérios. Meus alunos tinham sede de Deus, e eu fazia de tudo para que eles amassem o Senhor Jesus e se tornassem um canal de um avivamento na igreja. Encontrei uma citação atribuída a Sam Pascoe; um resumo da história da igreja. Mais ou menos assim:

O cristianismo começou na Palestina como uma comunhão.
Quando chegou à Grécia virou filosofia.
Na Itália, tornou-se uma instituição.
Na Europa tornou-se uma cultura,
e ao chegar à América virou um empreendimento.
Alguns dos alunos tinham 18 ou 19 anos de idade, e eu queria que eles entendessem a última frase, por isso enfatizei:

— Um empreendimento. Isto é, um negócio.
Depois de um silêncio prolongado, Marta, uma das alunas perguntou:

— Um negócio? Mas, não deveria ser um corpo?

Não consegui ver até onde esta linha de raciocínio chegaria, e apenas respondi:

— Sim.
E ela acrescentou:

— Mas, quando um corpo se torna negócio, não se torna uma prostituta?

A sala silenciou. Ninguém se mexia ou falava. Todos receavam fazer qualquer barulho porque a presença de Deus inundou a sala de aula. Estávamos pisando em terra santa. Pensei comigo mesmo: — Nunca imaginei dessa maneira! Mas, não falei coisa alguma. Deus tomou conta da sala de aula.

A pergunta de Marta mudou meu jeito de pensar. Durante seis meses, pensei naquela pergunta todos os dias: Quando um corpo se torna um negócio, então vira prostituta! Existe apenas uma resposta à colocação de Marta: Sim. A igreja da América, lamentavelmente está cheia de gente que não ama a Deus. Nem o conhece!

Afirmo que a maioria dos cristãos da América não conhece a Deus, e muito menos o amam. A raiz disso é a forma como nos achegamos a Deus. A maioria de nós achegou-se a Deus porque nos disseram o que ele poderia fazer por nós. Fomos ensinados que ele nos abençoaria e que depois, nos levaria para as mansões celestiais. Achegamo-nos a ele pelo dinheiro dele, e não nos importamos com ele, desde que peguemos o que ele tem. Fizemos do Reino de Deus um negócio e da unção uma mercadoria. E não deveria ser assim.

Somos amantes ou prostitutas?

Outro dia voltei a pensar na pergunta de Marta e refleti sobre a diferença entre um amante e uma prostituta. Descobri que ambos fazem as mesmas coisas, mas o amante faz o que faz porque ama. Uma prostituta insinua que ama, mas só está de olho no pagamento. E então me perguntei: O que aconteceria se Deus parasse de me pagar?

Nos meses seguintes permiti que Deus sondasse e trouxesse à tona os motivos de eu amá-lo e servi-lo. Sou, de fato, um verdadeiro amante de Deus? O que aconteceria se ele parasse de me abençoar? E se ele nada mais fizesse por mim? Ainda o amaria? Por favor, entenda; eu creio nas promessas de bênçãos celestiais. A questão aqui não é se Deus abençoa seus filhos, mas as condições de meu coração. Por que o sirvo? As bênçãos dele são frutos de nosso amor, ou o pagamento de uma barganha financeira.

Amo a Deus incondicionalmente? Levei meses refletindo sobre isso. Até hoje me pergunto se minhas atitudes e meu comportamento são frutos do meu amor a Deus. Às vezes descubro que fico decepcionado com Deus se ele não supre algumas de minhas necessidades financeiras.

Concluo que são questões que não foram totalmente resolvidas, mas quero a cada dia mostrar meu verdadeiro amor a Deus.

Portanto, somos amantes ou prostitutas? Não existem prostitutas no céu nem no Reino de Deus, mas existem muitas ex-prostitutas nos céus.

Texto de David Ryser
Contribuição de Alexandre Lins
Foto igreja e palácio, by SAvillez

Extraído de Pela Manhã…


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

OS ATRIBUTOS DE DEUS - PARTE 03


A SOBERANIA DE DEUS 

O termo hebraico que sintetiza o conceito de soberania divina é Yahweh ou Javé, ou ainda YHWH, que significa “O Senhor”, este o pronome mais freqüente em todo o Antigo Testamento nas passagens referentes a Deus. É o nome dito por Deus a Moisés quando da sua aparição na sarça ardente descrita em Êx. 3.13-14. Yahweh significa “EU SOU O QUE SOU”, podendo também ser traduzido como “Eu serei o que serei” ou “Eu fui o que fui”, demonstrando assim a sua auto-existência e imutabilidade. 

Tendo Ele mesmo criado o que hoje existe, é o Senhor de toda existência, governando tudo e todos, sendo sua vontade a causa, razão e finalidade de todas as coisas (Sl. 95.6 “Vinde, adoremos e prostremo-nos, ajoelhemos diante do Senhor que nos criou”). A sua soberania, demonstrada pela Sua Vontade, penetra inclusive a autoridade humana (Dn. 4:25, Pv. 21.1 “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor, este, segundo o seu querer, o inclina”); a salvação do seu povo (Rm. 8.29; Ef. 1.11 “Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho de sua vontade); os sofrimentos de Cristo (Lc. 22.42 “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua”); o sofrimento dos cristãos (Fp. 1:29, I Pe 3.17); a vida e o destino do homem (At. 18.21; Rm. 15.32); nos pequenos detalhes (Mt. 10.29-30). 

A soberania de Deus também pode ser expressa através de três aspectos: 

a) Sua Onipotência. Deus é capaz de fazer da estéril, mãe de filhos (Gn. 17.15-16). Para Deus não há nada que seja suficientemente difícil ou plenamente impossível (Gn. 18.14; Jr. 32.27). A promessa de Deus em dar filhos a Abraão e Sara e libertar Jerusalém da Babilônia foi cumprida em todos os seus termos. Outras demonstrações de onipotência divinas: Nascimento virginal (Lv. 1:37), Regeneração da humanidade (. Mc. 10.26-27) 

b) Sua Onipresença. “Para onde me ausentarei do Teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?” já dizia o salmista (Sl. 139.7) Deus é Senhor do Espaço. Ele esta em todo lugar presenciando tanto nossa ascensão como a nossa queda (II Sm. 12:11ss – Natã desvenda o pecado de Davi com Bate-Seba). Muito embora seja perturbadora a idéia de que Deus se encontra em todos os lugares, nos observando inclusive os pensamentos, isso também nos dá segurança (Sl. 56.8 “Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro?) 

c) Sua Onisciência. Presente em todo lugar, Deus tudo sabe. Não há nada que passe encoberto de suas vistas. Uma vez que Deus passeia pelo passado e pelo futuro, o tempo, desde o início é presente para Ele. O seu julgamento é justo, pois tem conhecimento de todos os fatos e acontecimentos, com fundamento completo para dar o seu veredito (Ap. 20.12). Podem até existir mistérios em relação a Deus, mas nunca erros. Deus tem conhecimento de todas as coisas, enquanto o homem tem conhecimento apenas em parte (I Co. 13.12).

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

OS ATRIBUTOS DE DEUS - PARTE 02

A GLÓRIA DE DEUS. 

“Glória” (Gr. “Doxa, Dokeo” – Ter em elevada consideração; honra; louvor; adoração; Ter em maior evidência). É A MANIFESTAÇÃO "VISÍVEL" DO SER DE DEUS. É a representação da essência de Deus, a expressão maior de sua majestade divina. A glória de Deus é a demonstração de que ele está além de nossa realidade, ou seja, Deus não está preso ao nosso ideal de Tempo e Espaço. 

As primeiras demonstrações da glória de Deus estão registradas em Êx. 16.6-10; 19-24, no Monte Sinai (Êx. 24:17). Outras vezes em Ez. 1.3-4, Ap. 1:14-16, Jo. 1.14, At. 9.3-4, II Co. 4:6. 

É preciso compreender que, contemplar a glória de Deus exige que estejamos diante dEle em reverência e adoração. 

Sua Glória, portanto, pode ser compreendida através de seus três diferentes aspectos que se complementam: 

a) A infinitude de Deus. Deus não tem as mesmas limitações temporais que o homem. Ele é e sempre será. Ele não morre pois “habita em luz inacessível” (I Tm. 6.16 “O único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver.”); seus caminhos são inescrutáveis (Rm. 11.33) 

b) A auto-existência de Deus. Complemento de sua eternidade, Deus é auto-existente. Ele existe em si mesmo sem depender de nada para que seja. Deus não foi criado nem passou a existir, pois ele sempre existiu (Gn. 1.1 “No princípio criou Deus os céus e a terra”). No princípio Ele já existia. (At. 17:15. “Nem é servido por mãos humanas como se de alguma coisa precisasse;”) 

c) A imutabilidade de Deus. Tendo sempre existido e existindo eternamente, Deus É e durante toda a sua existência eterna, Ele permanece o mesmo, “Por que eu, o Senhor, não mudo” (Ml. 3.6). “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das Luzes, em quem não pode existir variação ou sobra de mudança” (Tg. 1.17). O próprio relacionamento de Deus com seu povo reflete o seu caráter imutável, sendo a sua aliança eterna com os seus santos a prova maior dessa verdade (Hb. 13.8 “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o meso e o será para sempre”). 

Assim, dotado de infinitude, auto-existência e imutabilidade, podemos concluir que a Glória de Deus é a linha divisória entre sua compreensão humana e sua compreensão divina. Pensar em Deus sem considerar a sua glória é o mesmo que desconsiderá-lo em todos os seu aspectos, pois todos eles subentendem esta glória como origem.

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Pra não passar em branco, um vídeosionho de uma das bandas que tenho escutado bastante nestes últimos dias! A banda é "Palavrantiga", uma das novidades desse novo cenário de música cristã (que é diferente de "gospel", ao meu ver...). Cristianismo com criatividade! Degustem!


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

OS ATRIBUTOS DE DEUS - PARTE 01

Caros amigos, estaremos iniciando uma série de estudos sobre um tema muito interessante para que possamos compreender um pouco sobre Deus e aquilo que o faz ser o Senhor dos Senhores, o Todo-Poderoso, o Início e o Fim. Estes estudos foram baseados nas lições do livro "Estudando as Doutrinas da Bíblia", de Dr. Bruce Milne, professor de Teologia Bíblica e Histórica no Spurgeon's College de Londres e editado pela Ed. ABU. Vale à pena tê-lo em casa!

Vamos tentar compilar aqui as grandes lições que este livro nos tras, mesmo não podendo compreender na totalidade o "Ser" Deus, pois tarefa impossível seria! Faremos o possível para passar tudo de forma clara e simples, como sempre nos propomos a fazer.

Os estudos se darão por partes e hoje teremos uma breve nota introdutória sobre o assunto. Desejo que todos se deliciem com as maravilhas de Deus!


OS ATRIBUTOS DE DEUS.


I.                    INTRODUÇÃO

Desde há muito tempo o homem tem tentado usurpar o lugar de Deus, roubar o seu trono, deixando de ser à Sua imagem e semelhança (Gn. 1.26), considerando-se em si mesmo igual a Deus, ou porque não dizer, considerando-se o próprio Deus. No seu desejo desenfreado de torna-se seu próprio senhor, o homem ousou tomar medidas desesperadas. Em 1882 ousou o homem publicar a suposta morte de Deus: “Gott ist tot!”[1] (“Deus está morto!”). Com esta declaração, o filósofo alemão acabaria por pôr fim à sua luta, declarando que aquele que se acreditava ser infinito, agora jazia morto.

Muito embora tenha surtido grande efeito quando declarada, tendo ainda grande aceitação no meio acadêmico e intelectual, nós cristãos não devemos deixar-nos enganar, estando sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que nos pedir a razão da esperança que há em nós (I Pe. 3:15).

A revelação de Deus, em sua palavra, nos mostra um pouco de Sua essência e ao analisarmos esta essência divina, temos base suficiente para crer que Deus continua vivo e atuante, não simplesmente por que queremos que ele exista, mas por que ele “É”. Ainda que por demais complexa e impossível a total compreensão do que é o “Ser Deus”, podemos compreendê-lo através de seus atributos ou, como chamar alguns teólogos, "Perfeições". Estes atributos em alguns momentos são incomunicáveis em relação ao homem (ex. “auto-existência”, sem correspondente humano) e em outros são comunicáveis, ou seja, geram reflexos em comportamentos do homem (ex. justiça, amor). Por último, vale lembrar que todas as perfeições de Deus existem em caráter indivisível e completo.



[1] CITAÇÃO NA INTEGRA: Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós! Como haveremos de nos consolar, nós os algozes dos algozes? O que o mundo possuiu, até agora, de mais sagrado e mais poderoso sucumbiu exangue aos golpes das nossas lâminas. Quem nos limpará desse sangue? Qual a água que nos lavará? Que solenidades de desagravo, que jogos sagrados haveremos de inventar? A grandiosidade deste acto não será demasiada para nós? Não teremos de nos tornar nós próprios deuses, para parecermos apenas dignos dele? Nunca existiu acto mais grandioso, e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste acto, de uma história superior a toda a história até hoje! — NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência, §125.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O ÚNICO E ESTREITO CAMINHO (por Pr. Denis Almeida - Natal/RN)


Caminhando até a igreja usei um percurso diferente, e nesse enfrentei terreno irregular, capim espinhosos e um sol escaldante de Natal. É nessa caminhada que compartilharei o primeiro pensamento de fevereiro.
Humanamente não somos atraídos ao cristianismo, pois para sermos cristãos devemos amar nossos inimigos, orar por aqueles que nosperseguem; devemos dá a outra face; negar a nós mesmos e carregar nossa cruz; o cristianismo consiste em comer de Sua carne e beber de Seu sangue; somos odiados pelo mundo; e ainda percorrer um caminho estreito. Quem quer esse CRISTIANISMO? Muitos querem viver o nominalismo cristão, mas viver um Cristianismo puro e simples, NÃO!
Declaro que esse é o único caminho que sei percorrer, eu sei das consequências de ser cristão; sei que tenho que morrer todos os dias para que ELE viva em mim; sei que nesse momento pessoas estão sendo maltratadas e mortas por serem cristãos; sei que sou um estranho nesse mundo. Mas para onde ireiQue caminho percorrereiSe somente Jesus tem palavra de vida eterna! Se somente ELE é o caminho! Mesmo que esse caminho seja apertado e até cheio espinhos, sei que Nele encontro paz, esperança, amor, encontro um PAI. Esse caminho por mais paradoxal que seja, é o melhor para mim!
“Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram.” Mateus 7:14
“Respondeu Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.” João 14:6
Até a próxima postagem!